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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse tender fortemente a encerrar sua carreira política em 2027 - em 2026, termina o mandato do parlamentar. A afirmação foi feita aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), durante o podcast PODK Liberados, em entrevista exibida na RedeTV! e no YouTube na noite do domingo, 24.
"Eu me considero realizado na política e encerraria meu mandato em 2027", avaliou Pacheco. "A decisão sobre o futuro político é algo que me permito decidir após terminar meu mandato. Hoje tenho tendência muito forte a encerrar minha vida pública em 2027 do que ser candidato em 2026."
Ainda assim, ressaltou que o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a uma possível candidatura ao governo de Minas Gerais, já manifestado em falas anteriores de Lula, "é algo que todo político gostaria de ter, o apoio do presidente da República".
Pacheco disse também que não teria nenhum problema em exercer a sua profissão, de advogado, como exercia antes da vida política.
Ele destacou ainda seus mandatos anteriores - como deputado federal e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados - e, questionado sobre uma possível atuação no Poder Judiciário, afirmou que "é um convite que a gente dificilmente recusa, é algo que o destino vai levando".
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe às 10 horas desta segunda-feira, 25, no Palácio do Planalto os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, além do secretário executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães. É nesse encontro que o presidente deve conhecer a minuta elaborada pela equipe econômica com o pacote de cortes de gastos, conforme o próprio ministro Haddad sinalizou semana passada.
As medidas do pacote incluem o acordo com o Ministério da Defesa, que deve render uma economia anual em torno de R$ 2 bilhões. A expectativa de Haddad é que, ao final dessa reunião com Lula, o pacote já possa ser anunciado, o que deve ocorrer até esta terça-feira, 26.
A agenda de Lula desta segunda-feira tem ainda outra reunião com ministros. Desta vez, 12 titulares de pastas estarão presentes, além da secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Elisa Vieira Leonel. A reunião serás 15h30 no Planalto e prevê a participação dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; Defesa, José Múcio; Fazenda, Fernando Haddad; Agricultura, Carlos Fávaro; Educação, Camilo Santana; da Saúde, Nísia Trindade; Minas e Energia, Alexandre Silveira; Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Antes, Lula despacha com o secretario especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, às 14h40.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou sua relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), como positiva ao longo do seu mandato. "Buscamos sempre nos respeitar. Tivemos divergências políticas, que foram noticiadas, mas sempre respeitosas", explicou aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), em entrevista no podcast PODK Liberados, exibida na RedeTV! e no YouTube na noite do domingo, 24. "Agradeço a civilidade e respeito com que me tratou ao longo desses anos", acrescentou ainda.
Pacheco também destacou como seus maiores desafios na presidência da Casa o combate à pandemia da covid-19 e os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.
Disse, ainda, que o enfrentamento a tais atos não está relacionados apenas à data, mas também a ataques constantes às urnas, às instituições e às minorias, além da atual investigação da Polícia Federal a um possível golpe de Estado e tentativas de assassinato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
"Isso está sendo combatido à luz desses crimes graves de violação da democracia", afirmou Pacheco.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pode votar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) contra o aborto e outros projetos de lei contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta terça-feira, 26.
A PEC pode acabar com as possibilidades de aborto legal no Brasil enquanto as propostas anti-MST endurecem penas para invasores de terra. Essas proposições são promovidas pela presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), que já aprovou, durante este ano no comando do colegiado, o pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF), que visa limitar os poderes da Corte.
Faltando poucas semanas para o fim do mandato dela no comando da CCJ, a deputada ainda pretende aprovar maior parte dessas propostas da agenda conservadora. O colegiado não conseguiu avançar na última terça-feira, 19, em razão do último feriado na quarta-feira, 20.
A PEC do Aborto é de autoria do deputado Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) e garante a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". "A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção", justificou Cunha na proposta.
Na prática, se esse texto for aprovado pelo Congresso Nacional, serão abolidas as autorização, hoje previstas em lei, para a interrupção da gestação. Atualmente, o aborto pode ser realizado se houver risco à vida da mulher, se o feto tiver anencefalia (mal desenvolvimento do cérebro) ou se a mulher for vítima de estupro.
A relatora é a deputada Chris Tonietto (PL-RJ), uma das maiores ativistas antiaborto do Legislativo federal. "Existe um ódio à criança. Eles estão querendo aniquilar o futuro da nação e os nascimentos", argumentou Tonietto.
Se a PEC for aprovada, ela precisará ir ainda para uma comissão especial antes de poder ser votada em plenário.
Já o pacote contra o MST envolve propostas variadas. Uma das mais controversas endurece as penas contra o crime de esbulho possessório e dá até a possibilidade de o dono da terra restituir seu território usando de força própria.
De Toni vem apresentando propostas contra o movimento na pauta desde abril como uma reação a quando o MST intensificou as invasões de propriedades rurais durante o chamado "Abril Vermelho".
Projeto de lei que quer criminalizar chamar outra pessoa de nazista está na pauta
Além da PEC e das propostas contra o MST, a pauta da CCJ tem um projeto de lei que quer criminalizar quem chamar falsamente outra pessoa de "nazista". O infrator estaria sujeito a pena de dois a cinco anos de prisão e multa.
Esse projeto é defendido pela bancada bolsonarista. "Nenhum cidadão pode ser banalmente chamado, nem por humor ou charge, de nazista, como tem sido feito amiúde", argumentou a deputada Bia Kicis (PL-DF), autora do texto. "É uma imputação gravíssima, incomparável, sem precedentes."
Há ainda um outro projeto de lei que transfere a competência da União aos Estados para definir penas para crimes. Se aprovado, as unidades federativas podem legislar, apenas de forma mais rígida que a União, sobre o prazo de prisão para crimes previstos no Código Penal e critérios para penas alternativas ou soltura dos infratores.
A proposição é de autoria do deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) e tem a relatoria de Coronel Assis (União-MT). Redecker afirma que é preciso adaptar a legislação penal "e a cultura peculiar de cada Estado".
"Somos um País continental, cuja vastidão impõe a diversidade também na legislação penal que rege esse território", disse o parlamentar gaúcho.
O Movimento Brasil Livre (MBL) quer lançar um candidato à Presidência da República em 2026. O plano é realizar uma prévia entre o ex-deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, e o empresário e comentarista da Jovem Pan, Cristiano Beraldo. O vencedor seria candidato pelo Missão, partido que o grupo trabalha para criar antes do próximo pleito.
Em um congresso neste sábado, 23, o MBL informou já ter recolhido 809.357 mil assinaturas, das quais ao menos 200 mil já foram validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As validações precisam ser encerradas até novembro de 2025, dois anos após o início do processo.
Um partido em formação precisa obter o apoio de eleitores não filiados a nenhuma sigla que corresponda a pelo menos 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos nove Estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles. Com base nas eleições de 2022, esse número é atualmente de 547.455 assinaturas.
Após o reconhecimento das assinaturas, é necessário que a legenda registre diretórios em ao menos nove Estados e em seguida peça o registro do estatuto partidário e do diretório nacional no TSE. O Missão pretende lançar candidatos a deputado federal e estadual em todas as unidades da federação já na próxima eleição.
Arthur do Val está com os direitos políticos suspensos até 2030. Ele teve o mandato de deputado estadual cassado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 2022, após vir à tona áudios gravados por ele durante uma viagem à Ucrânia em que afirma que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres" e compara a fila de refugiadas - ele viajou ao país no início da guerra contra a Rússia - à entrada de uma balada com mulheres bonitas. O então parlamentar renunciou ao mandato antes da cassação ser consumada, mas isso não impediu a suspensão dos seus direitos políticos.
Dessa forma, Do Val terá que vencer Beraldo na disputa interna do partido, mas também convencer a Justiça a permitir que ele se candidate novamente. O integrante do MBL apresentou um pedido de anulação do processo de cassação para recuperar seus direitos políticos. O juiz Otavio Tioiti Tokuda determinou, em maio, a extinção do processo antes mesmo de julgar o mérito da ação. Para o magistrado, a cassação é uma prerrogativa da Alesp e o Judiciário estaria interferindo em outro Poder se anulasse a medida.
Do Val recorreu da sentença, mas ainda não há uma nova decisão sobre o caso. No início do mês, o Ministério Público de São Paulo emitiu parecer no qual também considera que o Judiciário estaria interferindo no Legislativo se anulasse a cassação e defendeu a manutenção da decisão de 1ª instância que nem sequer julgou o pedido de Do Val.
O maior expoente do MBL é o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). O grupo ainda conta com o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) e com 13 vereadores eleitos, a maior parte deles em São Paulo - o principal nome é Amanda Vetorazzo (União-SP), eleita vereadora da capital paulista no mês passado com 40.144 votos.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou neste domingo, 24, sobre a investigação da Polícia Federal que desvendou plano para um golpe de Estado no Brasil que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno e outras 34 pessoas foram indiciados pela corporação na quinta-feira, 21, pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Em nota assinada pelo seu presidente, Beto Simonetti, a OAB pede que líderes de diferentes espectros políticos incitem seus seguidores a afastarem o Brasil de "qualquer tipo de violência, terrorismo político, tentativa de golpe de Estado e apreço ao autoritarismo". "Essas lideranças precisam, com urgência, mandar um recado claro para suas bases, reprovando a violência e o ódio político, a desinformação e os xingamentos", diz o texto.
A OAB afirma ainda que acompanha com preocupação os desdobramentos da investigação e que aguarda mais informações, assim como as providências que serão adotadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), para avaliar que medidas práticas poderá tomar. Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se Bolsonaro, Braga Netto e os demais nomes apontados pela PF serão denunciados perante ao STF.
"A Ordem reafirma também seu compromisso inegociável com o direito de defesa e o contraditório, pilares do Estado Democrático de Direito. Justiça não se faz com condenações sumárias nem fora do devido processo legal. É preciso ainda que haja respeito absoluto às prerrogativas da advocacia, que incluem o acesso aos autos, o direito à sustentação oral e ao sigilo de comunicações", afirma a entidade.
A OAB pontua ainda que foi a primeira entidade civil a reconhecer a legitimidade do resultado das eleições em 2022 e a condenar os atos do 8 de Janeiro e o atentado a bomba na Praça dos Três Poderes. "Nossa posição sobre esses eventos permanece inalterada", declara a Ordem na nota.
O advogado Cezar Bittencourt disse na sexta-feira, 22, que o tenente-coronel Mauro Cid, responsável pela delação premiada e dono do celular que permitiu o aprofundamento das investigações, afirmou ao STF que Bolsonaro sabia do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. A declaração ocorreu em entrevista à GloboNews. O advogado, porém, recuou logo em seguida.
De acordo com o inquérito que embasou a Operação Contragolpe, deflagrada na terça-feira, 19, dois dias antes da conclusão do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, Braga Netto, homem forte do governo Bolsonaro, era uma peça-chave no plano de ruptura institucional. O ex-ministro tomou conhecimento sobre um plano para executar autoridades e seria o coordenador-geral de um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise" caso o golpe ocorresse.
Segundo a PF, o general Mário Fernandes é o autor do plano "Punhal Verde e Amarelo", que continha um detalhamento para executar, em dezembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes e a chapa vencedora das eleições presidenciais daquele ano, formada por Lula e Alckmin. A ação esperava o apoio operacional de "kids pretos", como são conhecidos os militares das Forças Especiais do Exército Brasileiro.
Leia nota na íntegra da OAB
"A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha com atenção e preocupação os desdobramentos da apuração sobre o plano para matar o presidente e o vice-presidente da República e um ministro do Supremo Tribunal Federal. A OAB reafirma seu apoio inabalável às instituições da República e à Constituição. Fomos a primeira entidade civil a reconhecer a legitimidade do resultado das eleições em 2022 e a condenar os atos violentos do 8 de janeiro e o atentado a bomba ocorrido na Praça dos Três Poderes. Nossa posição sobre esses eventos permanece inalterada.
Conclamamos os líderes de partidos e grupos políticos, das diferentes ideologias, a incitarem seus seguidores a afastarem do Brasil qualquer tipo de violência, terrorismo político, tentativa de golpe de estado e apreço ao autoritarismo. Essas lideranças precisam, com urgência, mandar um recado claro para suas bases, reprovando a violência e o ódio político, a desinformação e os xingamentos.
A Ordem reafirma também seu compromisso inegociável com o direito de defesa e o contraditório, pilares do Estado Democrático de Direito. Justiça não se faz com condenações sumárias nem fora do devido processo legal. É preciso ainda que haja respeito absoluto às prerrogativas da advocacia, que incluem o acesso aos autos, o direito à sustentação oral e ao sigilo de comunicações.
Aguardamos mais informações sobre as investigações e sobre as providências adotadas pela PGR para avaliar e decidir as ações práticas que, dentro de sua competência legal, a OAB poderá tomar.
Beto Simonetti, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)"
O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) deixou a taxa da linha de empréstimo de médio prazo - conhecida como MLF - de um ano inalterada em 2%, ao fazer uma injeção de liquidez de 900 bilhões de yuans (US$ 124,26 bilhões) no sistema bancário, segundo comunicado divulgado pela instituição nesta segunda-feira, 25.
Como havia 1,45 trilhão de yuans em empréstimos deste tipo vencendo neste mês, a retirada líquida em novembro correspondeu a 550 bilhões de yuans. Fonte: Dow Jones Newswires.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o vício em apostas esportivas é um problema nacional e que precisa ser combatido pelo Estado brasileiro. "Houve um erro na política nacional ao não legalizar os jogos no Brasil, ao preferir aprovar as apostas esportivas que colocaram o cassino dentro da casa das pessoas", disse aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), em entrevista no podcast PODK Liberados, exibida na RedeTV! e no YouTube na noite do domingo, 24. O parlamentar acrescentou ainda que cassinos ao menos gerariam emprego e turismo.
"Muitas pessoas estão perdendo o controle, se viciando nas apostas. Isso precisa ser enfrentado pelo Estado brasileiro", avaliou Pacheco.
Sobre a manipulação de resultados de jogos esportivos, especialmente no futebol, destacou ainda a necessidade de evitar que se acabe com o esporte, que considera um "ativo nacional".
"Sou defensor da tese de que, mesmo com essas ideias, se não resolvermos essas apostas esportivas precisamos cogitar proibir", afirmou Pacheco. "É uma discussão que se alonga, mas algo precisamos fazer. Temos que agir urgentemente em relação ao tema, com limitações para afastar esses males. Eu considero esse um grande desafio que temos, como de definir se vamos legalizar ou não", concluiu.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou que, finalizada a discussão sobre a reforma tributária, os gastos públicos deverão ser um dos principais assuntos abordados no Congresso Nacional. A avaliação foi feita durante entrevista realizada pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), no podcast PODK Liberados, exibido na RedeTV! e no YouTube na noite do domingo, 24.
Ele destacou a importância da reforma e a necessidade de que seja implementada, além de enfatizar que o Poder Legislativo pode fazer possíveis mudanças a erros que podem ocorrer, caso seja necessário. "A reforma tributária é unanimidade nacional, todos que estão nos assistindo sabem que o sistema de arrecadação do País é caótico e precisa ser reformado e modificado. Cabe ao Congresso fazer a mudança", afirmou. "O Congresso estará pronto para corrigir erros, mas não deixaremos de fazer a reforma tributária."
Passada a discussão da reforma, Pacheco crê que o próximo grande tema a ser debatido pelo Legislativo é a necessidade de um corte nos gastos públicos. "Vamos fazer um grande plano nacional com o mesmo engajamento da reforma, juntar todas as instituições para juntar e qualificar os gastos públicos", afirmou. "Eu não tenho dúvida de que essa será a grande pauta do Congresso Nacional nos próximos meses, nos próximos anos."
Sobre uma fala anterior do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, feita também em uma entrevista ao PODK Liberados, de que o ajuste fiscal deveria contar com a participação do Congresso, Pacheco disse não ter problema algum em cortar gastos considerados supérfluos.
"Não tenho problema nenhum em aderir a um programa que seja um projeto nacional de contenção de gastos públicos, diminuindo inclusive os gastos do Congresso Nacional, sem afetar o seu funcionamento", explicou Pacheco aos senadores. "Cortes de algo que seja em excesso ou que constitua privilégio não há problema nenhum em fazer, desde que isso seja um compromisso de todos."
Ele disse ainda que "qualquer incentivo fiscal deve ser revisto depois de um tempo aferido, para desenvolvimento da economia e geração de emprego" e que privilégios e benefícios precisam ser combatidos. Como exemplo, citou programas sociais e o Simples, sistema de tributação voltado para micro e pequenas empresas. "Isso é uma renúncia ou uma forma de cobrança mais justa para esses pequenos empreendedores?", questionou. "Não é o Estado mínimo, não é essa lógica, mas também não é um Estado inchado que gasta mais do que arrecada."
Agricultores poloneses suspenderam no domingo, 24, os protestos que bloqueavam a movimentada fronteira de Medyka, localizada no Sudeste da Polônia, na divisa com a Ucrânia. A paralisação foi encerrada após o governo se comprometer publicamente a rejeitar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que enfrenta resistência em vários países do bloco europeu devido ao impacto esperado sobre os produtores locais.
O ministro da Agricultura da Polônia, Czeslaw Siekierski, foi pessoalmente a Medyka para negociar com os manifestantes e, em seguida, publicou em sua conta oficial no X (antigo Twitter) detalhes do acordo.
"Mantemos nossa oposição inquestionável ao tratado com o Mercosul, como exigem os agricultores. Isso será formalizado não apenas como posição do Ministério da Agricultura, mas também do governo e do parlamento polonês", afirmou o ministro, destacando que o protesto foi suspenso após esse compromisso.
O acordo Mercosul-UE, negociado há mais de 20 anos e acordado politicamente em 2019, visa a criar um dos maiores blocos comerciais do mundo ao reduzir tarifas entre a União Europeia e países como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No entanto, agricultores europeus, especialmente na Polônia e na França, têm expressado temores de que o acordo permita a entrada de produtos agrícolas mais baratos e menos regulados, como carne bovina e aves, prejudicando a competitividade dos produtores locais.
"Os agricultores sabem que não trago acordos em uma mala. Conduzimos uma política responsável, e hoje reforçamos nossa determinação em proteger a produção agrícola polonesa", afirmou Siekierski, relembrando que o diálogo com os manifestantes começou há mais de um ano, em um contexto de protestos anteriores contra importações baratas de grãos ucranianos.
Durante as negociações do domingo, os agricultores poloneses apresentaram uma lista preliminar de reivindicações, incluindo a exclusão do acordo Mercosul-UE e a redistribuição de recursos financeiros para mitigar os impactos de desastres naturais no setor agrícola.
Siekierski estabeleceu um cronograma claro: até a terça-feira, 26, os agricultores devem finalizar suas demandas, e, até 10 de dezembro, o Ministério da Agricultura apresentará um plano de ação detalhado, incluindo análises técnicas e consultas com especialistas.
Além disso, foram anunciados novos grupos de trabalho para abordar questões de longo prazo no setor agrícola, garantindo que as decisões sejam tomadas em conjunto com os produtores. "Só funcionará com a cooperação de agricultores, do Ministério, do governo e das instituições europeias", destacou Siekierski.
A oposição ao tratado não é exclusiva da Polônia. Na semana passada, a França reiterou seu posicionamento contrário, com o ministro da Agricultura, Annie Genevard, destacando que práticas agrícolas permitidas nos países do Mercosul, como o uso de pesticidas proibidos na UE, violam os princípios de sustentabilidade e competição justa.
O UniCredit revigorou uma onda estagnada de consolidação bancária europeia, oferecendo mais de 10 bilhões de euros (cerca de US$ 10,5 bilhões) pelo concorrente de menor porte italiano, o Banco BPM.
A oferta integral surge em um momento em que o UniCredit tenta adquirir uma grande fatia do Commerzbank da Alemanha, procurando se posicionar como o grupo bancário dominante em um mercado europeu ainda fragmentado. Nesta segunda-feira, o UniCredit disse que o esforço em relação à instituição alemã está sendo afetado pelas próximas eleições na Alemanha.
O UniCredit foi rejeitado pelo Commerzbank e por alguns membros do governo alemão quando revelou pela primeira vez a sua ambição de aquisição. Mas muitos acionistas do UniCredit apoiam o CEO Andrea Orcel no seu esforço para crescer e o Banco Central Europeu tem sido um defensor da formação de campeões bancários regionais.
A combinação com o BPM reforçaria a posição do UniCredit como o segundo banco italiano em termos de ativos e proporcionaria à instituição uma fatia de mercado na rica região da Lombardia.
Os bancos do país eliminaram os empréstimos inadimplentes dos seus balanços na última década e muitos credores mais pequenos já foram absorvidos pelos rivais.
A oferta BPM está estruturada como uma troca pública voluntária. O UniCredit ofereceu um pequeno prêmio de cerca de 0,5% sobre o preço das ações do BPM na sexta-feira e 15% a mais do que o preço das ações negociadas em 6 de novembro. O banco informou que espera concluir o negócio até junho e integrar totalmente o BPM dentro de um ano.
O BPM também buscou aquisições, recentemente propondo a compra do controle total da gestora de ativos Anima Holding e assumindo uma participação no Banca Monte dei Paschi di Siena, apoiado pelo governo. Fonte: Dow Jones Newswires
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta, 21, que o governo vai fazer um novo bloqueio de despesas, desta vez "na casa dos R$ 5 bilhões", no Orçamento de 2024. O anúncio está previsto para esta sexta-feira, 22, com a divulgação de novo relatório bimestral de despesas e receitas.
"Talvez seja um pouquinho mais, um pouquinho mais que isso, mas na casa dos R$ 5 bilhões. É uma pequena variação que pode acontecer dependendo de uma variável que está sendo apurada pelo (Ministério do) Planejamento, mas é em linha com o número que foi adiantado", disse ele, em referência ao valor citado mais cedo pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O bloqueio é realizado para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal. Assim, quando há aumento de gastos obrigatórios (como aposentarias), o governo bloqueia despesas não obrigatórias (como custeio e investimentos) para compensar. O valor do novo bloqueio deve se somar aos R$ 13,3 bilhões que já estão travados hoje no Orçamento.
Com a arrecadação vindo em linha com o esperado, Haddad descartou um novo contingenciamento - situação em que o governo tem de congelar despesas diante da frustração de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida).
Apesar do ceticismo do mercado, o ministro afirmou estar convencido de que o governo cumprirá a meta de resultado primário de 2024, que prevê zerar o déficit. "Nós estamos desde o começo do ano dizendo, reafirmando contra todos os prognósticos, não vai haver alteração de meta do resultado primário. E nós estamos, já no último mês do ano praticamente, convencidos de que nós temos condições de cumprir a meta estabelecida na LDO do ano passado", afirmou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Com a classificação já garantida paera a edição 2025 da Americup, a seleção brasileira masculina de basquete não teve dificuldades para dominar o Panamá e vencer o rival por 93 a 67 neste domingo, pela quarta rodada das eliminatórias da competição. A partida aconteceu na Arena Guilherme Paraense, o "Mangueirinho", em Belém, no Pará. Com três vitórias nos três primeiros jogos das Eliminatórias, o Brasil chegou à quadra embalado pelo triunfo contra o Uruguai na rodada anterior.
A seleção agora volta jogar em fereiro do próximo ano, quando enfrenta, fora de casa, novamente o Uruguai e os adversários panamenhos. A Americup do ano que vem vai ser realizada na Nicarágua, entre 21 e 30 de agosto.
O jogo começou equilibrado no primeiro quarto, mas não demorou para o Brasil impor seu ritmo e abrir oito pontos de vantagem. Enquanto o Panamá buscava atacar, os brasileiros mostravam solidez defensiva, dificultando os arremessos do adversário. O período terminou com o Brasil à frente por 26 a 16, coroado por uma enterrada de Mãozinha no último segundo, após pegar um rebote.
No segundo quarto, o domínio brasileiro ficou ainda mais evidente. A equipe ampliou a diferença, enquanto o Panamá continuava desperdiçando oportunidades. Mãozinha foi o grande destaque, brilhando com enterradas e tocos, somando 13 pontos, oito rebotes e quatro assistências até então. O Brasil controlava a posse de bola e administrava a vantagem, que chegou a 21 pontos. Aproveitando o conforto no placar, o técnico Aleksandar Petrovic deu minutos para alguns reservas. O período terminou com a seleção ampliando para 49 a 28.
O terceiro quarto começou com o Panamá ainda tentando reagir, mas os erros persistiam, até mesmo em arremessos simples. Apesar disso, o Brasil encontrou certa dificuldade para superar a defesa adversária, que passou a adotar uma marcação por zona. Apesar o esforço do rival em endurecer o confronto, o conjunto nacional fechou o período com uma larga vantagem de 73 a 47.
No último quarto, Petrovic aproveitou para rodar o elenco. A seleção brasileira continuou superior na conversão de arremessos de três e os jogadores que entraram em quadra imprimiram um ritmo intenso determinando a vitória pelo placar de 93 a 67.
Torcedores do Corinthians realizaram uma emboscada contra vascaínos neste domingo, antes da partida entre as equipes, pelo Campeonato Brasileiro. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a confusão aconteceu nos arredores da Neo Química Arena, na zona leste da capital. Sete pessoas foram detidas.
Segundo informações da SSP, a Polícia Militar interveio no tumulto e foi hostilizada com pedras e garrafadas. Dois policiais ficaram feridos, mas sem gravidade. O caso foi direcionado ao Drade (Delegacia de Repressão Aos Delitos de Intolerância Esportiva). Mais de 45 mil pessoas compareceram à Arena em Itaquera neste domingo.
Com a bola rolando, o Corinthians derrotou o Vasco, por 3 a 1, e se manteve firme na briga por uma vaga na pré-Libertadores. O time do Parque São Jorge venceu com show de Rodrigo Garro, que marcou dois gols e deu uma assistência para Gustavo Henrique marcar de cabeça. Puma Rodríguez fez o único gol vascaíno. A equipe corintiana está na nona posição, com 47 pontos.
A derrota do Vasco resultou na demissão do técnico Rafael Paiva. O time carioca tanto não vence quanto não marca gols há quatro partidas. A equipe tem 43 pontos, na 11ª posição, e vê chance de classificação na fase prévia da Libertadores mais distante.
Com a demissão de Paiva, Felipe, ex-ídolo do clube, vai assumir o comando do time nas três rodadas que restam para o término do Campeonato Brasileiro. O presidente Pedrinho anunciou que vai dar uma coletiva nesta segunda-feira para falar sobre a procura por um novo técnico.
O técnico interino Leandro Zago teve o seu batismo à frente do time profissional neste domingo, na derrota do Santos para o Sport em jogo válido pela última rodada da Série B. Diante de tantos desfalques e do pouco tempo de preparar o Santos, ele exaltou o trabalho deixado pelo ex-treinador Fábio Carille.
"Tive três sessões de treino para preparar o jogo e tivemos muitos desfalques. O jogo tinha um valor para nós e outro par o nosso adversário. Vocês viram o ambiente do estádio. Mas gostei do que vi em campo. Competimos bem em alguns momentos. Isso porque peguei um time bem organizado pelo Fábio (Carille). Foi trabalho que cumpriu o seu objetivo (de levar o Santos de volta à Série A)", afirmou.
Chamado às pressas para ocupar a função após a saída do antecessor, Zago comentou como foi sua estratégia para comandar a equipe profissional. "Tenho 40, 50 dias de clube e a minha missão de mobilizar os jogadores. Eles foram muito profissionais e se dedicaram muito. Montei o Santos muito em função de como o Sport atua", comentou.
Terminada a Série B, o interino agora retorna à categoria de base do clube. Na entrevista, ele afirmou que o seu foco agora vai ser preparar o sub-20 para a disputa da Copa São Paulo de juniores.
"Eu sou funcionário do clube e agora volto a trabalhar com o sub-20. A partir de amanhã estou focado nesse processo de Copa São Paulo. Amanhã a equipe já treina e na terça-feira já estarei junto com os atletas. Eu sou do Sub-20", afirmou.
O Corinthians deu um importante passo rumo à classificação para a Copa Libertadores de 2025 ao derrotar o Vasco por 3 a 1 com uma atuação sólida. Agora, o time está na zona de classificação e sonha com um final de temporada que parecia improvável há poucos meses. "Estamos felizes porque seis vitórias consecutivas nos permitiram sair de uma situação difícil e lutar na parte de cima da tabela", destacou Emiliano Díaz, membro da comissão técnica corintiana.
A arrancada recente do Corinthians, marcada por seis vitórias consecutivas, foi celebrada pela equipe técnica e pelos jogadores. "O esforço que os jogadores estão fazendo é incrível, a mentalidade que eles têm é exemplar. Mesmo com desfalques importantes, o time manteve a estrutura e a personalidade", afirmou Emiliano, elogiando o comprometimento do elenco.
Desde que chegaram ao clube, a meta principal era afastar o fantasma do rebaixamento, mas o desempenho superou as expectativas iniciais. "Quando você trabalha em um clube do tamanho do Corinthians, não basta apenas evitar o rebaixamento. Desde o primeiro dia, nosso objetivo foi colocar o Corinthians onde ele merece estar", ressaltou Ramón Díaz, treinador da equipe.
A solidez defensiva tem sido um dos pilares dessa recuperação. A dupla de zagueiros Gustavo Henrique e André Ramalho se destacou nas últimas partidas, com o apoio do volante Ranieri. "Toda a parte defensiva melhorou muito, e isso é fruto de trabalho duro e dedicação. O Ranieri, que foi questionado em alguns momentos, mostrou sua importância para o time", disse Emiliano.
Para o auxiliar, a torcida também desempenhou um papel fundamental na retomada do clube. Desde a chegada da comissão técnica, o Corinthians sofreu apenas uma derrota em 17 jogos disputados na Neo Química Arena. "Aqui em casa, não se pode perder pontos. A pressão da torcida nos motiva e nos fortalece. Mesmo nos momentos mais difíceis, o apoio foi fundamental", reconheceu Ramón.
Outro destaque foi o crescimento de jovens jogadores, como Breno, que têm ganhado espaço na equipe. "A base é importante para nós, mas precisa ser utilizada com responsabilidade. Estamos felizes com o desempenho dos jovens e esperamos dar mais oportunidades a eles no futuro", afirmou Emiliano.
Com três jogos restantes no Brasileirão, a comissão técnica mantém os pés no chão, mas não esconde o entusiasmo com a evolução do time. "Ainda não conquistamos nada, mas estamos no caminho certo. O segredo é trabalho, humildade e acreditar no grupo", concluiu Ramón Díaz, reforçando o compromisso com o clube e a busca por novas conquistas.
Ter um adversário na eleição presidencial não foi problema para Leila Pereira. A empresária de 60 anos confirmou seu favoritismo no pleito realizado neste domingo, 24, ao derrotar seu opositor, o advogado Savério Orlandi, e ser reeleita presidente do Palmeiras, cargo que ocupará por mais três anos, até dezembro de 2027.
Leila recebeu 2295 votos entre os 3183 votantes no ginásio poliesportivo do clube social para seguir na cadeira mais proeminente do clube que já comanda desde 2022. Na Assembleia Geral de associados, foram habilitados a votar todos os titulares adimplentes com mais de três anos de matrícula.
Inscrita na chapa "Palmeiras Campeão", Leila terá como primeira vice-presidente Maria Tereza Bellangero. Paulo Buosi, Everaldo Coelho e Márcio Martin são os outros vices. Os dois últimos são novidades na chapa e ocupam os lugares que eram de Neive Andrade e Tarso Gouveia. "Não tenho dúvida de que essa votação expressiva é decorrente do trabalho que fizemos. É um reconhecimento do associado", afirmou a presidente reeleita.
Após a derrota, Orlandi, que é conselheiro vitalício do clube, disse que seguirá fiscalizando a gestão de Leila. "Vou continuar fiscalizando como membro do Conselho Deliberativo e participando de modo construtivo". Segundo o advogado, é urgente que a presidente reeleita melhores os mecanismos de governança e transparência de sua administração.
A votação no ginásio do clube, na zona oeste de São Paulo, transcorreu sem grandes problemas. Havia pequena fila dentro do ginásio, decorrentes de intercorrências com o sistema de votação. O voto era registrado em um tablet, não uma urna, o que foi motivo de questionamento por parte da oposição. Após escolher seu candidato, o associado ouvia a introdução do hino do Palmeiras.
Os dois candidatos fizeram campanha em frente à sede do clube desde a manhã deste domingo, dividindo a calçada da sede social. Savério amealhou apoio da Mancha Alviverde. A organizada, cujos líderes estão foragidos e é rompida desde 2022 com a presidente Leila. Apoiadores do conselheiro levaram instrumentos à porta do Palmeiras, cantaram músicas de apoio e soltaram fogos durante a manhã.
LEILA SE REELEGEU COM 'PRESENTES' A ASSOCIADOS
Primeira mulher a comandar o Palmeiras na história, Leila havia intensificado sua campanha nas últimas semanas ao estar presente mais vezes no clube social. Se para ascender ao trono há três anos e derrubar velhas lideranças ela precisou fazer alianças e distribuir mimos a associados, desta vez, funcionaram as melhorias que realizou no clube, como as reformas da quadra de tênis e do centro aquático, além dos muitos eventos que organizou, que ela chamou de "presentes" quando elencou o que considerou serem seus trunfos nas apresentações de suas propostas em jantares com associados.
O aniversário de 60 anos da dirigente, por exemplo, foi celebrado no último dia 11 com show da banda Jota Quest. E os 110 anos do Palmeiras foram comemorados no fim de agosto ao som de Ivete Sangalo no ginásio lotado. Várias dessas festas e encontros tiveram chope de graças aos associados.
Também foram muitos os jantares e encontros com conselheiros, cuja maioria apoia a mulher de José Roberto Lamacchia, o responsável por potencializar a vocação da carioca natural de Cambuci no mundo empresarial.
A empresária gastou R$ 50 mil para montar um estande na sede social do clube, R$ 100 mil para alugar o ginásio para o show da banda Jota Quest e R$ 20 mil para usar duas vezes o restaurante no quinto andar do clube.
Leila organizou dois jantares - um no dia 6 e outro no dia 21 de novembro - para associados convidados a ouvirem suas propostas. Só no segundo encontro, o mais lotado, estiveram 1.523 pessoas. Havia filas para entrar. Era tanta gente que muitos saíram sem comer os pedaços de pizzas oferecidos de graça pela presidente, além de cerveja, refrigerantes e sucos à vontade.
OS DESAFIOS DE LEILA NO COMANDO DO PALMEIRAS
Presidir o Palmeiras por seis anos, isto é, durante dois mandatos, era um plano da dona da Crefisa desde quando havia sido eleita, no fim de 2021, como ela mesmo tinha revelado ao Estadão.
Um de seus principais desejos, embora diga pensar a curto prazo, é convencer Abel Ferreira a aceitar mais uma renovação de contrato e estendê-lo até o fim de 2027, quando termina o segundo mandato da presidente.
É esperado que a cartola anuncie em janeiro a Sportingbet como nova patrocinadora master do time masculino, em substituição à Crefisa e à FAM, empresas de Leila que patrocinaram a equipe por uma década. O acordo está encaminhado, mas a tendência é de que o anúncio seja feito somente em janeiro do ano que vem, assim que se encerrar o contrato em vigência, e renderá R$ 100 milhões fixos anualmente e mais R$ 50 milhões em caso de cumprimento de metas.
Ela procura no mercado outras marcas para investir no Palmeiras, uma vez que não haverá mais acordo de exclusividade em relação aos patrocinadores. A ideia é alcançar R$ 150 milhões fixos com todos os patrocínios nos espaços disponíveis na camisa alviverde: central, omoplatas, mangas, barra inferior, barra superior e inferior nas costas, calção/shorts e meião.
"Minhas empresas ficaram 10 anos no clube. Costumo dizer que essa parceria foi extremamente vitoriosa. Agora vêm as bets, com valores muito relevantes aos clubes. Todo mundo sabe que um futebol vencedor você só faz com investimento. Primeiro dinheiro, depois boa vontade, decência e responsabilidade", disse ela em entrevista ao Estadão há um mês.
Assim, desvencilhar-se dos conflitos de interesse na relação do clube com sua presidente-patrocinadora não seguirá sendo um desafio. Mas persistem as reclamações de opositores e torcedores que veem um cenário conflituoso, uma vez que Leila ainda é credora da agremiação, dona do avião usado pela delegação para as viagens fora de São Paulo e também administra a Arena Barueri, estádio usado quando o Allianz Parque está indisponível.
Caberá a Leila também reforçar o elenco para a disputa do Super Mundial de Clubes, a prioridade do time em 2025. Ela afirmou reiteradas vezes que não vai investir em "medalhões" ou estrelas. Neymar, por exemplo, já foi descartado de antemão porque o Palmeiras, justificou a dirigente, "não é departamento médico".
Serão, ela indicou, três ou quatro reforços para preencher lacunas que Abel Ferreira enxerga no plantel. O clube já procura um substituto para Estêvão, que se transfere ao Chelsea depois do Mundial, em julho do ano que vem.
Em um jogo marcado por drama e tensão, o Sport venceu o Santos por 2 a 1 neste domingo e conseguiu garantir o seu retorno à elite do futebol nacional. O triunfo teve Lucas Lima como protagonista. Autor dos dois gols do duelo, ele deixou a partida como o grande nome rubro-negro.
Com um gol em cada tempo, o ex-jogador santista teve um roteiro especial a ser escrito em campo. Para poder ser escalado, o Sport teve que desembolsar R$ 500 mil ao Santos. Dono de apenas um gol em toda a competição, ele afiou a pontaria para ser efetivo justamente no jogo decisivo.
A vaga do Sport se deu pela derrota do Novorizontino para o Goiás em jogo realizado em Goiânia. Com o triunfo do Mirassol sobre a Chapecoense e o empate do Ceará diante do Guarani, a classificação entre os quatro primeiros ficou da seguinte forma: Santos em primeiro com 68, Mirassol em segundo com 67, o Sport em terceiro com 66 e o Ceará com a quarta vaga, com 64.
Quatro times e três vagas para o acesso à elite do Nacional. Essa foi a principal atração que cercou a 38ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro na tarde deste domingo. E diante de um forte clima de tensão, Sport e Santos entraram em campo com objetivos bem distintos neste confronto derradeiro pela competição
Campeão por antecipação, e "cumprindo tabela" o Santos virou peça chave neste cenário já que o seu confronto era com um dos postulantes a um retorno à Série A. Já Mirassol, Novorizontino, Ceará e Sport entraram em campo atrás da última chance de confirmar a volta à elite do futebol brasileiro.
A Ilha do Retiro viu o Sport pressionar o Santos desde os minutos iniciais. Com as linhas adiantadas e a pressão na saída de bola do rival, o time rubro-negro tentou forçar um erro na área adversária para buscar uma vantagem na partida.
Em campo, o lance mais agudo foi uma chance santista desperdiçada por Miguelito após falha de Dalbert. Mas nos acréscimos da primeira etapa veio o que todo rubro-negro local queria. Fabrício Dominguez foi derrubado na área e o juiz marcou pênalti. O ex-santista Lucas Lima foi para a cobrança e fez 1 a 0 aos 48 do primeiro tempo.
No segundo tempo, o Sport veio mais focado e aumentou a vantagem novamente com Lucas Lima chutando no canto, aos 17 minutos. Um outro pênalti selaria a vitória pernambucana, mas Barletta desperdiçou a cobrança. Logo depois, Wendel Silva descontou para o Santos e aumentou o clima de tensão fazendo 2 a 1. Na base da raça e da determinação, no entanto, o Sport segurou o resultado, venceu o confronto e garantiu o retorno à elite nacional.
FICHA TÉCNICA:
SPORT 2 X 1 SANTOS
SPORT - Caíque França; Igor Cariús, Rafael Thyere, Chico e Dalbert (Felipinho); Julián Fernández, Fabrício Dominguez (Fabinho), Lucas Lima (Gustavo Coutinho) e Chrystian (Palácios) Barletta; Titi Ortiz (Wellington Silva) e Lenny Lobato . Técnico: Pepa.
SANTOS - Gabriel Brazão; Hayner (JP Chermont), Luan Peres, Basso e Souza (Rodrigo Ferreira); Tomás Rincón (Lucas Meireles), Diego Pituca, Sandry e Otero; Wendel Silva e Miguelito (Laquintana). Técnico: Leandro Zago (interino).
GOLS - Lucas Lima (pênalti), aos 47 minutos do primeiro tempo. Lucas Lima e aos 17 minutos e Wendel Silva, aos 31 do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Fabrício Domingues e Julián Fernández(Sport); Hayner, Diego Pituca e Miguelito (Santos).
Juiz - Bruno Arleu de Araújo (RJ).
RENDA - Não disponível.
PÚBLICO - 24.389 pagantes.
LOCAL - Estádio da Ilha do Retiro, em Recife (PE).
Os Emirados Árabes Unidos anunciaram no domingo, 24, a prisão de três pessoas ligadas à morte do rabino israelense e moldavo Tzvi Kogan, que foi dado como desaparecido na semana anterior.
Ainda não se sabe as circunstâncias da morte.
Segundo a imprensa de Israel, o rabino pode ter sido sequestrado por agentes do Irã.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os serviços secretos ucranianos mostraram no domingo, 24, a um grupo de jornalistas os fragmentos do míssil balístico russo Oreshnik que teria caído em uma fábrica de armamentos em Dnipro.
Moscou disse que disparou a arma em resposta aos recentes ataques de Kiev na Rússia com mísseis ocidentais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O embaixador de Israel em Washington, Mike Herzog, disse que um acordo de cessar-fogo para acabar com os conflitos entre Israel e o Hezbollah, sediado no Líbano, pode ser alcançado "dentro de alguns dias".
Herzog disse à Rádio do Exército Israelense nesta segunda-feira, 25, que ainda havia "pontos a finalizar" e que qualquer acordo exigia concordância do governo. Mas ele afirmou que "estamos perto de um acordo" e que "isso pode acontecer em poucos dias".
Entre as questões pendentes está uma demanda israelense de reservar o direito de agir caso o Hezbollah viole suas obrigações.
O acordo busca expulsar o Hezbollah e as tropas israelenses do sul do Líbano.
Israel acusa o Hezbollah de não aderir a uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que encerrou a guerra de 2006 entre os lados que fizeram disposições semelhantes, e Israel tem preocupações de que o Hezbollah possa ensejar um ataque fronteiriço no estilo Hamas do sul do Líbano se mantiver uma presença pesada na região.
O Líbano diz que Israel também violou a resolução de 2006. Reclama sobre jatos militares e navios de guerra entrando em território libanês mesmo quando não há conflito ativo. Fonte: Associated Press
O tabagismo tem uma ligação direta com o desenvolvimento do câncer devido a vários fatores. Ao fumar, é introduzida no organismo uma série de substâncias químicas prejudiciais presentes no tabaco. Entre elas, estão os compostos carcinogênicos, que são capazes de causar mutações no DNA das células do corpo humano.
Essas mutações podem levar ao crescimento descontrolado e à divisão celular, resultando no desenvolvimento de câncer. De acordo com uma pesquisa feita em 2020 pelo Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária, o tabagismo ocasiona cerca de 66 mil novos diagnósticos de câncer, sejam de pulmão ou não.
"O fumo está relacionado a vários tipos de câncer, incluindo câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, rim, pâncreas e estômago, entre outros. O risco aumenta quanto mais tempo e em maior quantidade uma pessoa fuma", explica Cicilia Marques, oncologista clínica no IBCC Oncologia, hospital especializado no tratamento oncológico e localizado em São Paulo.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) aponta que a epidemia de tabaco causa mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo. A OPAS também afirma que para pessoas que param de fumar, após dez anos, o risco de câncer de pulmão cai para a metade e o risco de outros cânceres como boca, esôfago e bexiga também diminui.
Procurar apoio profissional na hora de parar de fumar pode fazer a diferença, assim como a participação em programas de cessação é uma maneira de garantir suporte contínuo. O psiquiatra do IBCC Oncologia, André Cardoso Campello, elenca alguns passos que podem ser importantes nesse processo.
"O primeiro passo é reconhecer e se comprometer firmemente com a decisão de parar. Pode ser preciso decidir uma data para parar sabendo dos desafios que podem surgir e os gatilhos que instigam a vontade de fumar. Parar esse hábito é um desafio, mas também um processo de autodescoberta", comenta ele. O especialista ainda reforça que é preciso celebrar cada marco, mesmo que pequeno, afinal, isso ajuda a manter a motivação e reconhecer o próprio potencial.
Quais os tipos de câncer que o tabaco pode causar?
O tipo de câncer mais preocupante causado pelo tabagismo é o câncer de pulmão, sendo que cerca de 90% das mortes desse tipo estão diretamente ligadas ao consumo de tabaco, de acordo com Ministério da Saúde. “O tabaco danifica as células dos pulmões ao ponto de torná-las cancerígenas, tornando este tipo de câncer um dos mais agressivos”, comenta a oncologista.
Segundo Cicilia Marques, outros cânceres que podem ser causados pelo tabaco são: o câncer de boca e garganta, câncer de esôfago, os cânceres de rins e bexiga e até mesmo o câncer de pâncreas.
A especialista aponta que no caso dos cânceres de rins e bexiga, por exemplo, as substâncias cancerígenas do fumo são filtradas pelos rins e misturadas à urina. Ao serem armazenadas na bexiga, podem causar danos às células e levar à formação de tumores.
"Parar de fumar é um processo que requer persistência e determinação, mas com os recursos certos e a mentalidade adequada, é plenamente realizável. Lembre-se, procurar apoio e utilizar os recursos disponíveis pode transformar seu sucesso em parar de fumar em uma realidade", finaliza a oncologista.
Em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), Ministério da Saúde formalizou o aumento em 159,25% do incentivo financeiro voltado para promoção da equidade na organização dos cuidados em alimentação e nutrição. Com a medida, o repasse anual pago a estados e municípios vai de R$ 54 milhões para R$ 140 milhões. O novo aporte, que abrange serviços da Atenção Primária à Saúde, foi anunciado na última reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e começa a ser pago ainda em 2024.
Até o ano passado, 79,5% dos municípios não recebiam o incentivo para alimentação e nutrição, mas com a ampliação, 100% dos municípios brasileiros estão contemplados. O novo aporte é voltado para enfrentamento a desigualdades, com base nas diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnam), garantindo fontes de recursos federais para programas e ações de alimentação e nutrição na rede de saúde dos estados e municípios.
“Desafiar o problema da fome tem que ser uma prioridade em todas as ações, sejam as ações da Saúde sejam as ações intersetoriais”, pontuou Felipe Proenço, secretário de Atenção Primária à Saúde. “Assim como a gente tem que olhar para a desnutrição, a gente também tem que olhar para a obesidade, sobrepeso, as diversas condições que envolvem alimentação e nutrição. Para isso, é fundamental que estados e municípios desenvolvam suas ações nessa área. Esse incentivo cobria em torno de 1.400 municípios e, com a nova portaria, passa envolver todos os municípios do Brasil”.
Gilmara Lúcia dos Santos, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, destaca que os novos repasses vão universalizar os recursos de alimentação e nutrição, contribuindo para a missão do governo federal de ter uma população mais saudável já no fim desta década. “Tenho de ressaltar o compromisso do Ministério da Saúde em garantir, nos instrumentos de planejamento, processos para a qualificação da alimentação e nutrição no País. Me emociono ao ver os dizeres ‘para um futuro mais saudável e mais sustentável para todos’. Essa é uma agenda que é cara para esse governo”, destaca.
Sobre o Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição
O Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição (Fan) foi instituído em 2006 para estados e capitais, e cresceu ao longo dos anos, englobando municípios. Na atual gestão do presidente Lula, que tem como um dos principais programas o Brasil Sem Fome, que prevê retirada do país do mapa da fome até 2030, o Fan tem sido ampliado para incluir mais regiões e impactar mais pessoas.
O campus do Instituto Nacional de Câncer (INCA), referência em oncologia no Brasil, será transformado em um centro de desenvolvimento científico e inovação tecnológica para assistência a pacientes e integração das áreas do instituto. Na quinta-feira (14), Ministério da Saúde, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e INCA assinaram o contrato para estruturação do projeto. O objetivo é transformar a infraestrutura em um moderno centro de excelência, centralizando as 18 unidades do INCA existentes no Rio de Janeiro em um único complexo. A estimativa de investimento é da ordem de R$ 1,1 bilhão.
O novo modelo integra desenvolvimento científico, formação profissional especializada e assistência voltada a cada paciente. Segundo a ministra Nísia Trindade, uma iniciativa para fortalecimento da atuação do INCA em pesquisa e, consequentemente, no desenvolvimento nacional de terapias. “Esse é um projeto de avanço na política de média e alta complexidade para assistência ao câncer, uma prioridade da nossa gestão. Ação que mostra associação entre investimento privado, com apoio do BNDES e, sobretudo, a ideia de tudo isso ser voltado para melhoria da gestão, também com recursos do Novo PAC”, explicou. “É o modelo capaz de oferecer custo-efetividade no combate a essa doença que se expande no Brasil e sufoca sistemas de saúde em todo o mundo”, acrescentou.
A ministra da Saúde detalhou que a oncologia vai estar no coração do programa Mais Acesso a Especialistas. “Estamos mudando a forma de fazer essa atenção à saúde, agora mais integrada no cuidado. Muitas inovações são concretizadas com tecnologias e produtos, por isso a pesquisa é fundamental, mas muitas outras inovações são feitas de processos. É aí que entra o Mais Acesso a Especialistas. O trabalho em rede é um dos grandes aprendizados do SUS”, defendeu. “Esse momento de hoje significa esperança e convicção de que estamos no rumo certo”, complementou, relembrando que os protocolos clínicos para o câncer de mama em breve serão aprovados.
Foto: Walterson Rosa/MS
Este é o primeiro projeto de parceria entre instituições públicas e privadas na área da saúde e prevê a construção de um novo prédio, reforma do antigo e prestação serviços não assistenciais para até 450 leitos, buscando o controle da doença no país. Os serviços assistenciais e médicos continuam sob responsabilidade dos servidores públicos, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com atendimento público e gratuito, sob gestão do Ministério da Saúde.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, declarou que, com a parceria, o INCA terá infraestrutura hospitalar de maior qualidade e com melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde e de atendimento à população, com aumento na oferta de leitos de internação. “Além disso, resultará em benefícios para o sistema de saúde, como a otimização de recursos, a redução de custos, a unificação de múltiplos contratos, a modernização das instalações e a criação de sinergias operacionais”, explicou.
Nesse contexto, o projeto vai possibilitar a redução significativa de despesas hoje replicadas nos diversos endereços do INCA e ainda ampliar a oferta de serviços, como: equipamentos radioterapia, leitos de internação, leitos de CTI/Semi-Intensiva, salas cirúrgicas e poltronas de quimioterapia.
Segundo Mercadante, com o projeto, o INCA fortalece o desenvolvimento de novas terapias para controle do câncer. “Essa estruturação marca um avanço significativo na área de saúde no Brasil e reforça o compromisso do governo do presidente Lula com a inovação e a eficiência na gestão dos serviços de saúde pública”, disse.
O projeto inclui o retrofit de um edifício existente na Praça da Cruz Vermelha e a ampliação do complexo com a construção de três novos edifícios em um terreno adjacente cedido pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Esse novo complexo vai abranger áreas de alta complexidade no tratamento, pesquisa, ensino, prevenção e gestão na área do câncer.
João Viola, diretor do INCA em exercício, fez uma análise sobre o cenário da doença no país. “Nós evoluímos muito nos últimos anos quanto ao tratamento, diagnóstico e prevenção, mas o câncer ainda é um grande desafio, principalmente por ser uma doença do envelhecimento, na maioria das vezes. O câncer é a segunda causa mortis no Brasil e pode se tornar a primeira nos próximos anos. Por isso a importância de valorizar e expandir instituições como o INCA que fazem essa assistência à saúde, além de pesquisa e ensino”, declarou.
Em visita ao Quilombo dos Palmares, no Parque da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares (AL), no último sábado (23), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou a memória de quilombolas ancestrais e o primeiro feriado nacional da Consciência Negra.
O ato começou com o descerramento da placa Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro de 2024, alusiva ao novo feriado e que remete à resistência e aos desafios que a população negra ainda enfrenta, e da Placa das Memórias, que faz parte do projeto de sinalização e reconhecimento de lugares de memória dos africanos escravizados no Brasil. Um projeto interministerial com a parceria do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), da Igualdade Racial (MIR), da Educação (MEC) e da Cultura (MinC), por meio da Fundação Cultural Palmares (FCP).
“Para mim é uma grande honra nesse momento que estamos fazendo ações importantes para a afirmação desse país na direção de uma democracia no comando do presidente Lula. Como ministra da Cultura me sinto honrada de momentos como esse, em que a partir desse ano todo dia 20 de novembro é considerado feriado nacional”, afirmou Margareth Menezes. “Isso é uma conquista que vem de muito tempo, da luta de muitas pessoas que vieram antes de nós e sempre é preciso reconhecer essa luta porque nossas conquistas são sempre à base do sangue derramado, de muita memória e da coragem das pessoas de buscarem nossos direitos”, completou.
A cerimônia faz parte da programação da Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao MinC, em homenagem as heroínas e herois afro-brasileiros que lutaram por liberdade e reparação, dando visibilidade à história e à memória.
Participaram do ato, o presidente da FCP, João Jorge Rodrigues; o secretário nacional de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Edmilton Cerqueira; o superintendente do MDA no estado de Alagoas, Gilberto Coutinho; a coordenadora-geral da Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Fernanda Thomaz; o prefeito de União dos Palmares, Areski de Freitas.
Também estiveram presentes as autoridades religiosas Mãe Mirian e Mãe Neide, os integrantes dos grupos culturais Afoxé Povo de Exú, Maracatu Yá Dandara, Inaê, Afro OLÓÓMI ÁYYÉÉ e do grupo de capoeira Lua de São Jorge. A compositora e cantora Lia de Itamaracá encerrou a cerimônia com uma apresentação musical.
Celebrações
Durante o mês de novembro, a FCP realizou várias atividades como debates, rodas de capoeira e apresentações artístico-culturais no estado de Alagoas em parceria com o governo do estado, o munícipio de União dos Palmares, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e diversas instituições e organizações sociais.
“O presidente Lula reestruturou o Ministério da Cultura, reorganizou a da Fundação Cultural Palmares e o resultado é o nosso segundo ano aqui dizendo que Zumbi, Dandara, Acotirene e Aqualtune existiram. Mais do que isso, ganhamos uma histórica luta ao criar um feriado nacional para o povo afro-brasileiro e negro celebrar a nossa história”, disse o presidente João Jorge. “Nós temos agora um feriado que fala dos quilombos, do Quilombo dos Palmares, de Alagoas, de Zumbi, de todas as mulheres que construíram esse espaço”, completou.
O prefeito de União dos Palmares, Areski de Freitas, destacou o quanto é importante a população do munícipio se apropriar e defender a história local.
“Minha luta é para que a população cada vez mais consiga entender e fazer com que essa história seja de todos. E nossa proposta é mudar o nome da cidade para Zumbi dos Palmares, tornando a única cidade do Brasil com o nome do herói nacional, para que a gente perpetue essa homenagem”.
Na ocasião, os representantes do MDA fizeram a entrega do Selo Quilombos do Brasil às comunidades quilombolas. A iniciativa do Governo Federal é destinada a identificar e valorizar produtos originários de comunidades quilombolas, reconhecendo a origem étnica e territorial.
“Todo negro e toda negra deveria um dia vir até a Serra da Barriga. Esse espaço é o símbolo da resistência do povo negro em África e na Diáspora”, declarou Edmilton Cerqueira.
Gilberto Coutinho afirmou que a Serra tem um significado que vai pra além da consciência da negritude brasileira. “O Quilombo dos Palmares foi um local de acolhimento e libertação. Aqui se juntaram negros e indígenas para resistir a opressão daqueles que dominavam a maior parte do território”.
Certificações Quilombolas
A titular da Cultura subiu a Serra da Barriga, solo sagrado do Quilombo dos Palmares, para realizar a entrega das certificações quilombolas no primeiro e único parque memorial dedicado à cultura negra do país. Foram autodeclaradas comunidades pela FCP: Tereza do Matupiri (AM); Palheta (PI); Boqueirão do Salazar (MA); Povoado Forges (SE); Povoação do Rio Doce (ES); N' Gunga (MG); Terra de Micuim (SC).
“É uma emoção muito grande, porque quando a gente ia concorrer a projetos sociais, nós éramos excluídos porque não tínhamos certificado. Diziam que a gente não era quilombola e não conseguíamos o projeto. E hoje foi nossa felicidade e vitória, porque através do presidente Lula, da ministra Margareth Menezes, da FCP, a Comunidade de Forges recebeu um presente que é o certificado de comunidade quilombola”, disse emocionada a representante do quilombo, Claudia Ramos.
Os certificados emitidos pela Fundação Cultural Palmares são ferramentas importantes para que as comunidades quilombolas reafirmem a sua identidade, história, território e acessem seus direitos. Desde o início do processo de certificação, a FCP já emitiu 3.146 certidões, beneficiando um total de 3.903 comunidades quilombolas existentes nas cinco regiões do país.
Ao longo do primeiro fim de semana de dezembro, artistas, artesãos articulistas e músicos indígenas reúnem-se para apresentações culturais, shows e conversas sobre culturas tradicionais na América.
Em 07 e 08 de dezembro, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) receberá o VIVA AMERÍNDIA – o futuro é ancestral, uma programação gratuita recheada de música, artes, manifestações culturais e encontros sobre sustentabilidade e ativismo. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
O Viva Ameríndia contará com uma feira de artes manuais nos dois dias de evento. Artesãs e artesãos de diversos povos originários brasileiros comercializarão artigos de moda e decoração que carregam técnicas, conhecimentos ancestrais, histórias e simbologias que promovem suas identidades e tradições culturais. Serão mais de 20 expositores que trarão muitas novidades durante todo o fim de semana.
Na parte externa do MCI, povos indígenas de diversas etnias realizarão pinturas corporais nos visitantes, que poderão conhecer simbologias, histórias e valores estéticos por trás dos grafismos, uma prática presente nas culturas tradicionais que representa vivências, pensamentos e ideias.
A programação contará com a presença de grupos e lideranças representativas de mais de povos originários de diversas regiões do Brasil: Yawanawá, Huni Kuin, Waninawa, Ashaninka, do Acre; Yawalapiti, Wauja, Kalapalo, Kisedje, Kuikuro, Mehinako, do Mato Grosso; Pataxó, da Bahia; Pankararu, de Pernambuco; e Guarani Mbya de São Paulo.
Apresentações culturais agitam o sábado (07/12)
No pátio do MCI, as manifestações multiétnicas mostrarão a relação entre ancestralidade e contemporaneidade em expressões artísticas tradicionais, cantos, danças e rezas. Às 10h30, as apresentações ficarão por conta dos grupos Awavãna (Yawanawá), Umatalhi (Alto Xingu), Guarani Mbya (Tenondé/Kalipety), Grupo Pataxó (Bahia) e e Pei Kawa (Huni Kuin)
No período da tarde, às 13h, Ana Terra Yawalapiti e Jerá Guarani Mbya conversarão sobre mudança climática, a partir de suas cosmologias em diálogo com os novos tempos. Na sequência, o público poderá conferir os shows da Comitiva Pei Kawa, às 14h30, e a apresentação do grupo Owerá - Rap Guarani, às 16h.
Bate-papo e shows embalam o domingo (08/12)
O segundo dia de Viva Ameríndia inicia-se com os shows dos grupos Wani Saí Kaneya (Waninawa), às 10h30 e da Associação Pankararu Real Parque, às 11h30. A partir das 13h, o público poderá conferir um bate-papo com Watatakalu Yawalapiti, Eryia Yawanawá e Araju Ara Poty sobre autonomia e empoderamento feminino, bem como a importância do protagonismo das mulheres indígenas na luta contra violência de gênero.
As apresentações do Coral Guarani Mbya, da Aldeia Ytu, na Terra Indígena do Jaraguá; e da Comitiva Awavãna, do povo Yawanawá, às 14h30 e às 16h, respectivamente, encerram a programação do festival intercultural.
Evento realizado pelo FOLIA, projeto de formação gratuita em artes circenses na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, terá seis dias de programação com rodas de conversa, espetáculos e oficinas
O respeitável público da cidade de São Paulo não pode deixar de prestigiar a 2ª edição do Festival FOLIA de Circo na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Com uma programação diversa, o evento permite um mergulho na cultura circense e nas possibilidades de atuação nesta área hoje em dia. O Festival é organizado pelo FOLIA, projeto de formação profissional nas artes circenses das Fábricas de Cultura - Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela Organização Social Poiesis.
Neste ano, a programação está dividida em duas semanas: de 28 a 30 de novembro e de 5 a 7 de dezembro, com rodas de conversas, oficinas, apresentações de espetáculos de companhias e coletivos convidados. A entrada é livre, mas para garantir a participação nas oficinas e demais atividades sujeitas a lotação é recomendável preencher o formulário do festival (aqui).
Outro destaque é a competição Noite do Farol, intervenção para até 20 artistas que atuam em faróis nas ruas da capital e região metropolitana. Esses profissionais se inscreveram previamente e foram selecionados para concorrer ao título de melhor número de farol da cidade. Durante o evento, os artistas apresentarão os números e serão avaliados por três jurados e pelo público. O vencedor, além do título, leva R$ 1 mil.
Além disso, na abertura e no fechamento do Festival, as turmas de aprendizes de 2023 e 2024 apresentarão seus espetáculos desenvolvidos durante a formação.
Confira alguns destaques do 2º Festival FOLIA de Circo :
No dia 28, quinta-feira, às 14h, o público poderá participar da oficina de Danças Guineanas, ministrada pela artista Mariama Camara. Os participantes conhecerão técnicas de dança da Guiné com a união do balé de outros lugares do continente africano, além do uso de instrumentos de percussão.
Um espetáculo feito por mulheres negras, que enaltece a beleza de suas coroas crespas e a diversidade das comicidades negras, será apresentado na sexta-feira (29), às 20h. Em Fuzuás, com direção de Cibele Mateus, a brincadeira é conduzida pela figura cômica do "Mateus", que junto com as palhaças Bandeira, Xamanga, Sarita Jurupoca, a malabarista Pipa Luke e as musicistas Gi Paixão e Luana Pereirinha, realizam uma grande folia com as habilidades circenses.
E no sábado (30), às 16h30, a roda de conversa Corporeidade circense: representações e subjetividades irá dialogar sobre diferentes corpos/as que ocupam o território circense, suas representações, subjetividades e subversões. Participam desta conversa a artista de rua e dramaturga Furcifer Scher; o poeta, palhaço e ator Luan Luando; e o artista circense Noam Scapin.
Na segunda semana do Festival, a diversão fica por conta do espetáculo Sentido Proibido, do coletivo Café da Manhã, que utiliza as ferramentas das artes circenses para promover um diálogo sobre a atuação humana em uma realidade reacionária. Agindo na contramão das expectativas, o espetáculo desafia a gravidade e os preconceitos. A apresentação será na quinta-feira, 5, às 20h.
Para aqueles com alguma experiência nas artes circenses, de 5 a 7 de dezembro, tem a oficina Quadrante Coreano, com Max Rocha, das 10h30 às 12h30. Esta técnica circense se caracteriza por permitir que uma pessoa fique sobre uma plataforma com dois mastros fincados no chão segurando outra pessoa que pode fazer diversas acrobacias sendo balançada ou jogada ao ar.
E no último dia do Festival (7/12), o público aproveitará o cortejo-espetáculo Travessias Fanfarrônicas, organizado pela Cia. Las Fanfarronas formada por seis artistas latino-americanas. A partir das 17h, o público fará um percurso pelo universo do circo em ritmo de cumbia, gênero musical tradicional da Colômbia, invocando suas próprias fanfarronices.
Confira a agenda completa abaixo, na parte de serviços.